O Dia Internacional da Mulher simboliza a luta feminina por igualdade de direitos no trabalho, na política, na educação e em outros diversos setores da sociedade.
Segundo a professora de História Julia Sellanes, existem várias versões do motivo pelo qual o dia foi um marco na luta feminina, sendo que todas elas envolvem mulheres operárias brigando por direitos trabalhistas. A mais aceita é a versão sobre um incêndio criminoso em uma fábrica têxtil, na cidade de Nova York, que acabou matando queimadas centenas de mulheres que manifestavam sua insatisfação com as condições de trabalho na qual estavam inseridas, apesar de não haver relatos sobre a data exata do...
[Leia mais]O Dia Internacional da Mulher simboliza a luta feminina por igualdade de direitos no trabalho, na política, na educação e em outros diversos setores da sociedade.
Segundo a professora de História Julia Sellanes, existem várias versões do motivo pelo qual o dia foi um marco na luta feminina, sendo que todas elas envolvem mulheres operárias brigando por direitos trabalhistas. A mais aceita é a versão sobre um incêndio criminoso em uma fábrica têxtil, na cidade de Nova York, que acabou matando queimadas centenas de mulheres que manifestavam sua insatisfação com as condições de trabalho na qual estavam inseridas, apesar de não haver relatos sobre a data exata do acontecimento, devido à ausência de dados concretos. “Isso não quer dizer que a história não seja verdadeira,[...]mas não existem documentos, nem uma imprensa consolidada da época, que comprovem com certeza”, explica.
Posteriormente, uma socialista alemã chamada Clara Zetkin, famosa por sua luta pelo direito do proletariado feminino, trouxe, em 1910, a ideia concreta de criar um dia para celebrar a luta das mulheres. Inicialmente, foi em 19 de março, depois sendo mudada para o dia 8.
Em 1977, a Organização das Nações Unidas (ONU) adota, oficialmente, a data. Mas, até então, a celebração ficou à margem da sociedade, sendo conhecida, somente, por grupos específicos. “Esse é um feriado que nasceu das mulheres proletárias, que trabalhavam na indústria têxtil, uma das mais violentas e marginalizadas”, conta Julia. Para a professora, o significado da data vai se alterando conforme o tempo, já que a sociedade, as lutas e objetivos femininos ganharam novas prioridades ao longo da história.